Sunday, June 18, 2006

Lágrimas no escuro

Ultimamente, meus pensamentos andam tão cheios de idéias, opiniões, indignações e inquietudes, que não sei mais na verdade em que eu acredito. Meu objetivo de vida, eu o vejo se disseminar pelos ares, como um vidro de perfume aberto, diante da realidade que é pra ele um obstáculo. E, no meu quarto, não me resta mais nada além de algumas músicas.

Um raio de luz entrou pela janela. Iluminou um livro.

Utopia é o que venho repetindo, mesmo que involuntáriamente, algo que quero e não quero alcançar. Ela me espera, pacientemente, enquanto carrego seu retrato com minha ideologia. Já a perfeição, insistente me persegue, se separou da utopia, fez as malas e deixou pontos de vista pelo caminho. Mas o desânimo me segura mais alguns minutos na cama e quando vejo, é noite.

Acho que me canso dessa vida mundana, obscura, trôpega.

Tanto, em tão pouco tempo. São tantas as opções que estou farta, então, falarei sobre as pessoas. Esses seres que tanto me desapontam. E é por ser uma delas que também sou frustrada. De cada um, quero o máximo, quero o tudo, quero porque quero.

E não vejo porta aberta.

2 comments:

Anonymous said...

preciso do máximo,preciso do tudo
ao mesmo tempo o nada me enche de satisfação
e por isso vejo que não há nada além de acéfalos
acho que tou sozinho no meio dessa multidão
ando calada ,ouvindo os surruros
com as palavras sofridas e esmagadas nos meus textos
deixo,enfim,a minha marca

Anonymous said...

Ou vc precisa de Moliére, ou de um Don Juan, ou entender que utopias são brincadeiras dos jovens. Envelheça. Faz bem a saúde, por mais paradoxal q pareça.