Thursday, April 12, 2007

sem título - apenas orgânico demais

Quando o desespero toma conta de você
E o inconsciente torna-se
mais saudável,
mais forte
e mais consciente
que o próprio consciente.

Quando se precisa de uma mão
para emergir e respirar fundo
E a única mão que se vê é a sua própria
querendo te superficializar,
trazendo à pele os machucados internos
como uma maneira de acabar com o que te deixa cada vez mais fundo.

O que não parece ter solução
apenas quer um pouco de paz
E isso lhe basta para se resolver.

Mas se as mãos insistem em machucar,
a única construção que elas são capazes de fazer,
destróem
E tornam o amor maravilhosamente anestésico,
o carinho um vício.

Se desvencilhar desse lodo,
dessa areia movediça
pode parecer impossível
até que se perceba que
"querer agir é necessáriamente o mesmo que ser livre."

2 comments:

Anonymous said...

Olá,poeta Carol.Prazer,tbm sou Carol.Poeta,tento ser.Mas esse é um assunto p/outros comentários.Vim parar no seu blog graças ao da Romã,e adorei seus poemas.São lindos.Mesmo.Parabéns.Virei sempre,peguei gosto pelo seu blog.Bjão e parabéns mais uma vez.:*

Bárbara Araújo Machado. said...

Há muito que eu não ouço de você!
Algo me diz que ou você não lerá esse comentário tão cedo ou... você não lerá esse comentário tão cedo!
É engraçado como a poesia fica tão bonita quando é banhada de melancolia. É merda é ter que ficar sentido a melancolia ofra da poesia.
Enfim... beijo!