Amorrr, quero te dizer obrigado.
reinventando o clichê.
Wednesday, December 05, 2012
obrigado
Amorrr, quero te dizer obrigado.
Tuesday, November 06, 2012
six months on the winter's gone.
eu sempre quis que a vida fosse uma dádiva, mas a hipocrisia escorre da minha boca quando digo que acredito.
porque é tão difícil ser humano? porque o ser inteira rasga o peito quando se busca?
eu to aqui, eu to tentando. mas, de tempos em tempos, as lágrimas querem rolar, a boca seca, a garganta turva.
turva porque eu não vejo os presentes, o presente.
eu desacredito e sigo em frente.
e curva.
o frio curva as costas um dia retas, abertas, livres. e eu só posso dizer que é ruim e dói.
a cada vento cortante e pernas dormentes de frio, dói.
a cada dia sem produzir o que acredito, dói.
a cada decepção inesperada e inevitável, dói.
falta música e sobra sorrisos. sempre. deles, não posso me livrar.
é que é tão bonito poder fazer alguém se sentir melhor só com energia, com um abraço.
eu me boto de lado e sorrio.
mas eu quero um sorriso. eu quero um abraço.
eu quero o que eu não posso encontrar ai, e nem sei se posso encontrar aqui.
eu quero o que não pode ser nomeado.
eu quero uma paixão arrebatadora pela minha pintura.
eu quero um colo dele pra mim.
Monday, May 21, 2012
queda-livre ao infinito.
Friday, May 04, 2012
e a batalha dos amarelos e violetas.
Saturday, April 21, 2012
diálogos noturnos.
Thursday, February 23, 2012
Pra poder ir além
Eu tenho fome de amor, fome de paz. Tenho fome de sinceridade. Eu tenho fome de peito e mente abertos. São nossas escolhas que nos fazem, são os segundos que precedem o caos ou a harmonia. É preciso ter coragem e força, é preciso sabedoria. Não somos apenas mais um na multidão, somos completos por natureza.
Tomara que a gente possa carregar pra sempre a plenitude de saber-se responsável por tudo aquilo que emanamos.
Pela manhã, doeu e as lágrimas caíram. Nunca foi tão difícil chorar. E, depois de tanto tempo com o coração gelado, me assustei com tamanha espontaneidade. Não que eu quisesse ser assim, mas na minha busca pela sabedoria, achei que meu espírito era livre. E é.
Não é necessário fugir da dor, ela nos faz humanos. E a dor foi de verdade. Veio de dentro, sabe? Tão sincera no seu percorrer do estômago ao peito, então pra boca e olhos pra, assim, a chuva se precipitar dali. Silenciosa, calma. Plena de si. Não havia desespero, energias ruins, só a certeza da impotência. O desamparo tremeu todo meu corpo e um abismo se abriu aos meus pés.
Depois veio a ausência de sentimentos, quando a gente se sente tão, mas tão vazio que o olhar se perde ao longe. Pensei que estivesse errada, que tivesse cavado minha própria cova. E tudo isso pecava pela falta de sentido. Contei uma fábula, dessas assustadoras, pra mim mesma.
Ainda bem que o sol se pôs e, com a lua, veio a calma. Então, não foi mais preciso temer o destino e todas aquelas superstições bobas que insisto em carregar. E o texto pôde ser escrito, e a tensão escapava por meus dedos trêmulos a cada letra digitada.
A sequência, um tanto quanto esquizofrênica, dos parágrafos, das palavras e falas me permitiu ir além. Além do estigma do escrever. Além do estigma que carregamos todos os dias, nos consumindo. A necessidade de ser “normal” que nos castra, nos menores detalhes, da forma mais sutil. Eu estava soltando as amarras aos poucos, e, aqui, se foi mais uma.
Vem que vai ter amor, vai ter paz. O respirar fundo que faz a alma extrapolar o corpo e atingir o céu. “Simple gold and eternity blessing all.”
Monday, February 06, 2012
Das escalas de cinza.
Eram apenas uma silhueta e a minha miopia, mas isso bastou pra que as malditas pernas tremessem e o estômago entrasse em queda livre ao chão. Eram apenas alguns metros de distância e a minha insegurança, mas isso bastou pra que passássemos como dois estranhos numa coincidência esperada.
E a mulher que eu achei que era, desaparecia ali. Ali e todas as vezes que seu corpo se conjurava na minha frente. É que ele ainda exercia algum tipo de poder sobrenatural sobre mim, poder que eu negava e ridicularizava até a morte. Porque, sim, eu estava certa em o fazer: quando a razão voltava ao meu sangue - ou quando o sangue, de fato, voltava às veias -, eu sabia que não havia nada, era apenas um homem, desses que a gente encontra em qualquer esquina, mas se dizem tão especiais.
Mas tem a raiva e o rancor. Aquela pontada no coração e no ego por não ter conseguido sua posse. Posse que não pertence a mim, com a qual nunca me importei, a qual nunca desejei por nada, nem ninguém – a não ser que não me fosse permitido.
Era isso: a luta por poder. A incompatibilidade de gênios resumida a mesquinha disputa de quem sairia por cima. A ternura foi atropelada por uma busca desenfreada por um par. O cuidado foi, simplesmente, ignorado por uma urgência que, sabe-se lá porque, apareceu em nosso encontro. Me entristece saber que tal mudança é possível, que algo por ai permite tamanho desastre.
Tudo bem, a minha poesia permanece intacta. O meu lirismo e a minha dor, minhas alegrias e meu caminho. Tá tudo aqui. Com o tempo, a gente aprende que o preto e branco não existe e a grande escala de cinza que permeia nossas vidas é inevitável. Tomara que incomode mais a mim e seja indiferente pra ele. Afinal, pra todo corpo, existe uma alma e é isso que importa.
Era apenas isso e mais todos os meus sentimentos que permanecem uma incógnita. Eu sei que pode parecer impróprio, mas não tenho medo de me expor assim. Eu não tenho medo. O medo é uma mentira. Eu só queria que meu corpo me desse uma trégua, pra que a mesma trégua que articulei entre meu coração e a razão pudesse vir à tona. Eu queria paz pra ser igual. Porque somos. Todos somos.